terça-feira, 3 de março de 2009

Todos ficamos estarrecidos com a reportagem do Fantástico no domingo ( 01/03) com as diferenças sociais e de renda existentes no Brasil. Imaginem uma pessoa receber R$40,00 por um mês de trabalho... Isso nos leva a refletir sobre a diferença dos países ricos e dos pobres....

A diferença entre os paises pobres e os ricos não é a antiguidade do país. Fica demonstrado pelos casos de paises como a Índia e Egito, que tem mais de 2000 anos de antiguidade e são pobres. Ao contrario, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que ha pouco mais de 150 anos eram quase desconhecidos, hoje são, todavia, paises desenvolvidos e ricos. A diferença entre paises pobres e ricos também não está nos recursos naturais de que dispõem, pois o Japão tem um território muito pequeno e 80% dele é montanhoso, ruim para a agricultura e criação de gado, porém é a segunda potência econômica mundial, seu território é como uma imensa fábrica flutuante que recebe matéria-prima de todo o mundo e exporta os produtos transformados, também a todo o mundo, acumulando sua riqueza.

Por outro lado, temos uma Suíça sem oceano, que tem uma das maiores frotas náuticas do mundo; não tem cacau, mas tem o melhor chocolate do mundo; em seus poucos quilômetros quadrados, cria ovelhas e cultiva o solo durante apenas quatro meses por ano, já que o resto é inverno, mas tem os produtos lácteos de melhor qualidade de toda a Europa. Como o Japão, não tem recursos naturais, mas dá e exporta serviços, com qualidade muito dificilmente superável; é um país pequeno que passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho, o que o converteu na caixa forte do Mundo. Também não está na inteligência das pessoas a tal diferença, como o demonstram estudantes de paises pobres que emigram aos paises ricos e conseguem resultados excelentes em sua educação. Outro exemplo são os executivos de países ricos que visitam nossas fábricas e, ao falar com eles, nos damos conta de que não ha diferença intelectual.

Finalmente, não podemos dizer que a raça faz diferença, pois nos países centro-europeus ou nórdicos, vemos como os chamados "ociosos" da América Latina (nós!!) ou da África, demonstram ser a força produtiva desses paises. O que é então que faz a diferença?

A ATITUDE DAS PESSOAS FAZ A DIFERENÇA.
Ao estudar a conduta das pessoas nos paises ricos se descobre que a maior parte da população cumpre as seguintes regras, cuja ordem pode ser discutida:
1. A moral, como principio básico
2. A ordem e a limpeza
3. A integridade
4. A pontualidade
5. A responsabilidade
6. O desejo de superação
7. O respeito às leis e aos regulamentos
8. O respeito pelo direito dos demais
9. Seu amor ao trabalho
10. Seu esforço pela economia e investimento.

Necessitamos, então, de mais leis? Não seria suficiente cumprir e fazer cumprir estas 10 simples regras? Nos países pobres, só a mínima (quase nenhuma) parte da população segue estas regras em sua vida diária. Não somos pobres porque ao nosso país faltem riquezas naturais, ou porque a natureza tenha sido cruel conosco, mas simplesmente, por nossa atitude.

Nos falta caráter para cumprir estas premissas básicas de funcionamento das sociedades. Quanto mais empenho colocarmos em nossos atos, mudando nossa atitude, mais rápido pode significar a entrada do nosso país na senda do progresso e bem-estar para todos...

Mas como cobrar integridade, responsabilidade, ordem e limpeza de pessoas que não tem sequer água potável para beber?

Então cabe aos nossos ilustríssimos deputados e senadores que desenvolvam políticas públicas que levem saneamento básico, escolas e geração de empregos e renda às áreas mais carentes do país e acabem com essa indústria do voto e da fome de regiões pobres do Brasil. Que além de enviar seus filhos a estudar na Europa e comprar bolsas e perfumes em Paris para suas senhoras, pensem em quem lhes deu o voto, mesmo que foi em troca de uma mísera cesta básica.
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