quarta-feira, 31 de maio de 2017



Primeiro para capturar os porcos selvagens, deve-se procurar o lugar que eles costumam frequentar e então coloca-se milho no chão. Todos os dias, dia após dia. Assim, os porcos vêm todo o dia comer seu milho grátis e fácil. E quando eles se acostumam a vir diariamente, você constrói uma cerca em torno do local. Um lado de cada vez. Pacientemente você sempre repete o ato de colocar o milho para eles, sempre no mesmo local. Quando eles se acostumarem com a cerca, eles voltam para comer o milho e você constrói mais um lado da cerca. E então os porcos selvagens voltam a comer o milho e já não se importam com os dois lados da cerca, afinal eles tem comida grátis e farta. As vezes até estranham que o ambiente está mudando, mas como não oferece perigo, eles continuam felizes comendo sua comidinha grátis.
Você vai construindo a cerca no entorno, pouco a pouco, até instalar os quatro lados em torno dos porcos selvagens. No final instala a última cerca deixando um pouco entreaberta, finalizando os quatro cantos da cela. Os porcos já estão habituados ao milho fácil e assim se acostumaram a entrar sozinhos no cercado. Um dia, quando estiverem todos reunidos, a última porta se fecha e todos são capturados.

Simples assim, no passo a passo e com muita paciência e tempo.

Até que no último instante, os porcos perdem sua liberdade e começam correr em círculo dentro do cercamento. Mas depois, já presos, lembram que ainda tem o milho farto e grátis e ficam até felizes e gratos aos seus captores, afinal não precisam mais caçar. E por isso aceitam a escravidão. É pouco, mas é melhor que nada.

Mas ainda assim sentem-se gratos aos seus captores e por gerações vão felizes ao matadouro. E não desconfiam que a mesma mão que os alimentam, é que os escravizam.

Uma realidade chocante!

O mesmo fazem governos populistas em seus projetos de dominação escondidos embaixo de um manto de democracia. Estiveram jogando milho grátis por tempo suficiente para alcançar o domínio e o poder. E cada governo salvador disfarça seu milho em programas sociais, bolsas e esmolas que tira do bolso do trabalhador por meio dos impostos.

Toda essa gratuidade que nos oferecem tais vigaristas disfarçados de políticos, cheia de felicidades para um povo mal acostumado com as migalhas do milho gratuito. Roubam-nos a capacidade de sermos pensantes e empreendedores. Mas é claro que nada saiu de graça, pois não existe almoço grátis e toda essa generosidade tem um custo altíssimo ao futuro do país! Que digam nossos hospitais, nossas escolas, presídios e estradas.

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