Parque da Cascata do Salto Ventoso

Segunda-feira antes do carnaval também é feriado facultativo, uns trabalham e outros não, depende da empresa e do humor do patrão. No meu caso, como sou autônomo e trabalho até mais tarde da noite com minhas aulas de informática, posso fazer meus próprios dias de descanso. 

Então o caminho dessa segunda feira quase-feriado foi o Parque do Salto Ventoso em Farroupilha, na serra gaúcha. Tão perto e nós não conhecíamos, então bora lá, como dizem. Moto abastecida, pneus calibrados é só pegar a estrada.

Fiz um mapa com o caminho de Lajeado até lá e dou um conselho precioso: Quem quiser ir, faça o caminho por Carlos Barbosa e não por Garibaldi, pois o asfalto está muito remendado, é mais longe e tem um trecho bem grande de chão batido..ai... se arrependimento matasse......

Vá até Carlos Barbosa, passe do acesso principal e faça o retorno uns 500 metros depois da estação do trem Maria Fumaça. Depois disso entre na rótula ao lado da fábrica da Tramontina e siga a avenida. É uma estrada nova, pista dupla, bem sinalizada e um tapete de tão lisa. Depois é só seguir as placas, pois está bem sinalizada, mesmo assim, tem cinco quilômetros de chão batido, mas a estrada não é tão ruim...

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O ingresso ao parque custa R$8,00 por pessoa. Baratinho...

E de quem eram essas terras?  

 Dos índios, claro...

ÍNDIOS CAINGANGUES

Caingangue (Kaingáng) — Grupo indígena que habita atualmente áreas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Arredios até o início do século XX, acredita-se que sejam descendentes dos antigos Guaianás de São Paulo. Língua da família jê. Nestas terras habitavam os índios Caingangues, antes da chegada dos colonizadores europeus no Rio Grande do Sul. Eram índios nômades, que viviam da coleta de frutos silvestres, da caça e da pesca, além de uma agricultura rudimentar. 

Uma das características de vida mais marcante desta etnia era a construção de casas subterrâneas, geralmente agrupadas (Figura 01).

Eram escavadas no solo (Figura 2) e cobertas com troncos, folhas e terra, e mantinham a temperatura suportável e constante, mesmo no rigoroso inverno gaúcho (CUSTODIO, 2004). Devido à expansão das áreas habitadas por imigrantes europeus ao longo do século XX, os índios foram gradativamente abandonando esta região.

Chegando no parque, a vista impressiona...

Impressiona também a formação geológica da região.

Pena que o fluxo de água estava baixo...

Alguns corajosos se preparando para descer a cascata com cordas...

Alguns sucessos da TV e do Cinema foram gravados aqui...

PROVA DE CORAGEM 

 Foto Ana Mendes Fonte. Jornal Informante

Longa-metragem gravado no Salto Ventoso 
Ano: 2014
Direção: Roberto Gervitz
Atores principais: Mariana Ximenes, Armando Babaioff, Áurea Maranhão, César Troncoso e Daniel Volpi.
Sinopse: Uma obra que conta a história de Hermano, médico bem-sucedido, que se prepara para uma escalada de alto risco na montanha da Terra do Fogo, quando se vê às voltas com a gravidez de sua mulher. Na perspectiva de ser pai, Hermano segue para sua jornada em meio a um dilema, ficar com a esposa grávida ou partir para a montanha na busca da liberdade.

O QUINTO DOS INFERNOS 

Minissérie com cenas gravadas no Salto Ventoso 

Ano: 2002 

Direção: Wolf Maia e Alexandre Avancini 

Atores principais: Humberto Martins, Danielle Winits, Betty Lago, Bruna Lombardi, Marcos Pasquim e Luana Piovani. 

Sinopse: A trama reconstitui os bastidores políticos da Independência do Brasil. Uma minissérie brasileira onde ficção, amor, intriga, humor e sexo, se misturam à comédia, abordando o poder de D. Pedro I sobre o Brasil, retratando as loucuras de uma família e os amores do Imperador.

No parque tem de tudo.. trilhas para caminhadas

Muito verde...

  Descendo uma trilha, chegamos literalmente embaixo da cascata...

Muitos turistas, alguns falando em coreano, chinês, mandarim, sei lá... era algo assim, outros em espanhol e inglês.

Parece seguro...

O almoço no restaurante de comidas caseiras custa R$15,00 por pessoa, simples, mas bem baratinho

Depois dá pra deitar embaixo das árvores e tirar aquele cochilo gostoso ouvindo o sussurro da cascata e o distante cantar dos pássaros..

Tem também algumas ruínas no parque, caminhando por uma trilha chega-se até elas...

RUÍNAS RESIDÊNCIA AGUIAR

Estas terras já pertenceram ao Conde Paulo de Montravel, vice-cônsul da França no Rio de Janeiro. Foram cedidas pelo Governo Imperial em 1865 e sob o nome de Santa Maria da Soledade, tornou-se a maior sesmarias do Rio Grande do Sul, medindo 16 léguas. 

Na parte inferior contava com um grande salão de festas, com cozinha e banheiro. Desta imponente edificação hoje restam as ruínas, no Salto Ventoso.

Mais recentemente, em meados de 1950, a propriedade era do Sr. Rui Aguiar, que construiu uma residência de lazer no local. Era o local de reunião da família, contando com 5 quartos grandes e um espaçoso salão na parte superior.

Impressionante essas árvores que nasceram e cresceram á beira do abismo.

Outro local do parque com um belvedere e a vista da cascata de cima, por outro ângulo.

Na volta pra casa, muita poeira, na moto, nas jaquetas, nos tênis,....

 Mas nada que uma água não resolva... o que vale é o passeio e as lembranças..

E eu fico feliz em compartilhar com vocês esses passeios e se quiserem alguma informação adicional, é só postar um comentário. Abraços a todos